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Dona Ivone Lara e Aurora Instrumental embalam o final de semana da rádio pública

16.04.21 - 17H52
Na imagem em preto e branco, Dona Ivone Lara sorri e coloca as mãos na cintura, segurando o vestido.

Dona Ivone Lara. Fotógrafo não identificado/Coleção José Ramos Tinhorão/ Acervo IMS

Por Kauana Portugal

A música instrumental pernambucana ocupa a grade de programação da Frei Caneca FM neste sábado (17), das 18h às 19h. A edição especial do Circuito Aurora Instrumental, traz para a rádio pública os melhores momentos dos concertos de Quarteto Encore, do duo Paula Bujes e Pedro Huff, Alexandre Rodrigues e Pife Urbano, e o projeto “O Sopro e a Percussão”, do percussionista Gilú Amaral.  O festival, que aconteceu entre os dias 6 e 7 de março, em formato virtual, tem o intuito de explorar a diversidade cultural e diferentes expressões de Pernambuco, como a popular, erudita e experimental.

Já a manhã de domingo (18) começa cedo e com muito gingado. O Batucada vai ao ar a partir das 10h e homenageia Dona Ivone Lara, que completaria 100 anos em 2021.

Criada no Morro da Serrinha, no Rio de Janeiro, a lendária sambista formou-se em Serviço Social e trabalhou na área por 36 anos, ao lado de Nise da Silveira, psiquiatra responsável pela humanização do tratamento de distúrbios mentais no Brasil. Em 1978, com mais de 50 anos de idade, Dona Ivone Lara protagonizou o LP “Samba, minha verdade, samba, minha raiz”, um dos trabalhos mais marcantes da história do samba brasileiro. 

Além dos sucessos “Alguém me Avisou” e “Sonho Meu", os ouvintes também balançam ao som de Chico Buarque, Nilze Carvalho, Marquinhos Satã e Diogo Nogueira. No bloco autoral pernambucano, Paulo Perdigão, Helena Cristina e muito mais.

SÁBADO (17)

A Faixa Infantil abre a programação do sábado bem cedinho, às 7h45, com a Rádio Matraquinha. Neste último episódio da temporada, a criançada acompanha os projetos artísticos e culturais no Recife. Na sequência, às 8h45, a Rádio Além da Lenda traz um misto de folclore e resgate histórico, traçando a linha do tempo da ufologia no Brasil. Como convidado, Claudio Marinho, psicólogo, que vai bater um papo sobre imaginação no desenvolvimento das crianças.

Fechando a Faixa Infantil, a partir das 9h15, o Cantando e Brincando nas Ondas do Rádio conversa sobre literatura de Cordel, e tira as dúvidas das crianças sobre o assunto. No Conexão Eficiente, às 10h, Patrícia Lorete, pós-graduada em saúde mental, blogueira e escritora, conversa com a jornalista Natália Rosa sobre sexualidade e pessoas com deficiência.

Em seguida, às 11h, a bancada preta do Laboratório FM troca uma ideia sobre o racismo na ciência, com a participação da jornalista Hellowa Correa, que dá uma aula sobre negritude e seus aspectos dentro da academia. Na Hora do Close, ao meio-dia, Anderson Barretto e Mariana Menezes abrem um debate sobre os estigmas que envolvem o HIV, bem como explicam as formas de prevenção da Infecção Sexualmente Transmissível (IST). No quadro “Momento Diva”, eles contam a trajetória da cantora brasileira Liniker.

Às 13h, o Sala de Cinema explora a magia das trilhas para cinema, com composições marcantes e os desafios que cercam a área. Como convidado, o compositor e arranjador Mateus Alves, responsável por trilhas sonoras famosas de diversos filmes, principalmente obras pernambucanas. O Histórias do Velho Oeste começa em seguida, às 13h30, e apresenta a história de Nita de Camaragibe, uma das mulheres pioneiras dos movimentos feminista e LGBTQI+ no estado de Pernambuco.

O Quarta Parede, às 14h, entrevista os artistas Marcelo Sena e Filipe Marcena, que formam a Cia Etc. A companhia foi criada em 2000 e possui criações em dança, videodança e música, tais como Os Superficiais, Dark Room e TANDAN!. Às 15h, o Aldeias e Quilombos fala sobre o direito indígena à terra e entrevista a antropóloga Cristiane Julião, da terra indígena Pankararu, da Aldeia Brejo dos Padres, Município de Tacaratu, Pernambuco.

Em seguida, às 16h, o Reggae pelo Reggae conversa com Dodô, uma das integrantes do grupo Filosofia Reggae. As músicas ficam por conta da Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, Mungo’s Hi Fi e outros. No Obá Kosò, às 17h, o tema é Nanã e memória como um direito. Para falar sobre o assunto, o convidado é Egbomi Mazé, da Casa Branca de Salvador.

Na parte da noite, a partir das 19h, o Que Braba! dedica o episódio aos ritmos nascidos da negritude, a exemplo do sensual e dançante pagodão baiano. Como convidada, a cantora baiana Tertuliana Lustosa, e o cantor, também baiano, Rafa Dias, do Grupo Attoxxa. O Oxente, Afrodite começa na sequência, às 20h, e repercute a sexualidade em pessoas que sofrem de depressão.

A Techtrônica encerra a programação às 22h, com uma seleção musical de tecnobrega dançante.

DOMINGO (18)

O Frequência Natural começa às 8h e leva você até a experiência de agricultores que dedicam a vida a produzir alimentos de maneira saudável, em sintonia com o meio ambiente. O programa também entrevista Tone Cristiano, da Associação de Agricultores e Agricultoras Agroflorestais de Bom Jardim (Agroflor), Josélia Silva e Acauã Lima, agricultores orgânicos do Mercado da Vida, em Bonito.

No Lab 101, às 9h, traz uma produção inédita que relembra a luta em favor dos direitos das populações indígenas do Brasil, com o projeto Ecoa Maloca. Serão veiculados dois episódios: um sobre os indígenas e a pandemia de Covid-19, e o outro sobre as línguas indígenas. Desenvolvida pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, em parceria com a Rádio Unicamp, a proposta visa empoderar estudantes indígenas, através de podcasts, para serem mediadores do diálogo entre a universidade e o público em geral. 

Ao meio-dia, o Las Colores apresenta uma entrevista com o poeta marginal antimanicomial, performer e produtor cultural, João Maria Kaisen. Parte da Academia Transliterária, ele fala sobre seu livro, “Generalidades ou Passarinho Loque Esse”. Em seguida, às 15h, o Sr. Cinema bate um papo com Ricardo Wanderley, recifense, Historiador pela UPE, radialista pela AESO, técnico em cinema pela Aurora Filmes e CEO da produtora Elefante Branco Filmes.

No Volta Ao Mundo, a partir das 16h, você conhece mais sobre a Argentina e sua música. Já o Pedrada, às 17h, se despede da temporada e relembra as músicas já tocadas, além de  apresentar a nova canção da Turvura, que se chama “Maré Viva”.

O Obriganza Experiência, às 19h, traz sons etéreos que flutuam para dimensões inspiradoras, acompanhados por drones instintivamente guiados, batidas abstratas e construções poéticas. Às 20h, o Pesado - Lapada para todos os gostos apresenta uma conversa com Peter Jacques, do projeto gaúcho Preto no Metal, e com Marcelo Santa Fé, baixista da banda pernambucana Pandemmy. Os convidados falam sobre o preconceito racial na comunidade heavy metal, e dão dicas de como combater o racismo na cena.

O ritmo latino Nu Yorica, nascido da resistência porto-riquenha no bairro do Harlem, em Nova Iorque, é tema do Audio Mundi, que começa às 21h. Fechando o domingo, o Outra Fita - Vidas Sonoras, às 22h, recebe o multi-artista cabense Fabrício para falar sobre seu processo como poeta, rapper, modelo e ambulante.

Toda a programação pode ser conferida pela 101.5 FM ou pelo nosso site.


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