Créditos da foto: Daryan Dornelles.
A partir das 20h, desta quinta-feira (31), Elza Soares ocupa a Faixa Especial da Frei Caneca FM, em um passeio por obras que fizeram parte de sua trajetória. Desde o princípio de sua obra, Elza defendeu o protagonismo negro, num Brasil assombrado pelo racismo. Um de seus primeiros discos se chama “A Bossa Negra”. De lá pra cá, Elza passou pela soul music, pelo hip hop e sempre se manteve atualizada, tanto política quanto esteticamente.
A artista nasceu no Rio de Janeiro, na década de 1930. De origem muito humilde, foi obrigada a casar, ainda adolescente, e sofreu com seu primeiro matrimônio. Para sustentar seus filhos, Elza trabalhava como faxineira, mas sempre cultivou o sonho de ser cantora.
Em 1953, Elza apareceu no rádio pela primeira vez, no programa de Ary Barroso. Ela passou por dificuldades financeiras e de cunho pessoal, como a perda do filho, até realizar o sonho de cantar profissionalmente. Nos anos 60, quando começou a ter destaque nacional, Elza teve que enfrentar o machismo da imprensa e da sociedade brasileira, devido ao relacionamento que iniciou com o jogador Garrincha. Sua história com o “Mané”, como era conhecido, teve altos e baixos causados pelo uso abusivo de álcool, por parte do ponta-direita da seleção brasileira.
Em 1999, Elza Soares recebeu o título de “cantora brasileira do milênio”, pela Rádio BBC de Londres. Este ano, Elza lançou “Planeta Fome”, produzido por Rafael Ramos. O disco sucede duas grandes obras da artista: A mulher do fim do mundo (2015) e Deus é mulher (2018).
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