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Batucada completa 100 edições de muito ziriguidum

04.06.20 - 09H40
Homem negro toca um pandeiro. Foto: Алина Кочетова | www.flickr.com/164689584@N05

Programa exibido aos domingos na Frei Caneca traz o samba pernambucano às ondas do rádio. Foto: Алина Кочетова | www.flickr.com/164689584@N05

No ar desde junho de 2018, o Batucada, faixa semanal de samba veiculada de 10h às 12h, aos domingos, na Frei Caneca FM, celebra no dia 14 de junho a sua centésima edição. Para marcar a data em tempos de pandemia, a edição trará homenagens a alguns dos maiores nomes do samba, como Beth Carvalho, Elza Soares, Arlindo Cruz e Fundo de Quintal. Como principal diferencial, o programa é o único no estado que também dedica ¼ da programação ao samba autoral feito em Pernambuco. O programa é veiculado pelo dial 101.5 FM ou pelo www.freicanecafm.org.

Ao longo destes dois anos, a atração levou às ondas do rádio - e também para a internet - seletas com sambas consagrados dos mais diversos gêneros, além de homenagens a grandes nomes do cenário nacional e entrevistas com artistas, produtores e intérpretes da cena local, considerada uma das mais profícuas do país. Os registros oficiais dão conta de que o samba pernambucano já dialoga com o cenário do eixo do samba Rio-São Paulo pelo menos desde a década de 30, que se reflete ainda hoje com compositores locais que competem com sambas-enredo nas escolas do Sudeste ou ainda através da miríade de shows de artistas de fora em solo pernambucano.

A faixa, apresentada pela jornalista Iara Lima, procura sempre dialogar com as mais diversas vertentes da produção local. “Temos sempre uma preocupação em franquear o microfone a nomes consagrados e a jovens talentos. Então, assim como já trouxemos ao público a produção de dona Selma do Samba e do Grupo Terra, dos mais consagrados localmente, também apresentamos a produção do ‘samba de véio’ da petrolinense Camila Yasmine e a obra pulsante de Taiguara Borges”, pontua Iara, ressaltando dois nomes da nova geração do samba pernambucano.

Outra preocupação que permeia a faixa é a representatividade na equidade de gênero. “O Samba nasce feminino, nos terreiros das tias baianas em território carioca. Era nestes espaços onde os jovens aprendiam a tocar seus instrumentos e o samba ganhou o mundo. Sempre faço questão de equilibrar a programação musical de maneira a dar vez e voz às mulheres do samba que são muitas e que eu admiro demais: desde Lecy Brandão, Jovelina Pérola Negra e Ivone Lara até mesmo às gerações mais jovens como Maria Rita e Roberta Sá”, exemplifica.

Para o programa de domingo, a faixa também convida os ouvintes a curtir uma seleta que inclui nomes como João Nogueira, Bethania, Martnália, Zeca Pagodinho, Martnália, Toninho Geraes e Simone, entre outros. Na sessão de autoral pernambucano, os ouvintes poderão conhecer a obra de alguns artistas como Jairo Amaro, Dinah Santos, Pouca Chinfra, Trasamba, Cartolinha, Marcos do Cavaco, Manu Nascimento e Mamau de Castro.


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