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Debate sobre comunicação pública reuniu profissionais e estudantes no Teatro Apolo

18.04.18 - 14H52
Palestrantes estão sentados em poltronas pretas no palco do teatro, da esquerda para a direita encontram-se: Juliana Nunes, Flavia Filipini, Paulo Proença, Nice Lima, Rodrigo Martins e Patrick Torquato, ao fundo lê-se um slide com a pergunta: como garantir a diversidade na programação?

O III Seminário de Comunicação Pública: Fazendo Rádio, promovido pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife (FCCR), através da Frei Caneca FM, reuniu cerca de 80 profissionais e estudantes com o objetivo de discutir e debater temas relacionados ao fortalecimento da comunicação pública. O evento, que aconteceu na última segunda-feira (16), no Teatro Apolo, no Bairro do Recife, abordou temas relativos à gestão, programação e financiamento da emissora.

A abertura do seminário contou com a fala do presidente da FCCR, Diego Rocha, que explicou como se dá atualmente o funcionamento da Fundação e o modelo de gestão da Frei Caneca FM. “Colocar a rádio no ar dependeu de uma ação conjunta da Prefeitura. Em setembro de 2017, houve uma remodelagem das ações em que a inteligência em relação às contratações ficou a cargo da Fundação de Cultura e a Secretaria de Cultura com a atividade principal de definir as políticas, fazer a representação e escutar os segmentos”, disse o gestor.

Nice Lima e Patrick Torquato, integrantes do corpo de profissionais da rádio, foram os mediadores do evento, que contou com a participação de palestrantes de diversos estados do Brasil. São eles: Juliana Nunes, jornalista e doutoranda em Comunicação pela UnB, trabalha na Rádio Nacional e integra a Cojira-DF; Paulo Proença, editor de conteúdo web na Rádio Inconfidência (MG); Flávia Filipini, consultora e especialista em Comunicação Pública, e Rodrigo Martins, doutorando em Comunicação pela UFPE e coordenador dos cursos de Jornalismo e Rádio, TV e Internet das Faculdades Integradas Barros Melo. 

Com base nas suas experiências pelo Brasil e guiados por seis perguntas-chave, os convidados discorreram sobre temáticas relacionadas à comunicação pública. Para Rodrigo Martins, a participação dos cidadãos na construção de emissoras públicas pode se dar em diversos níveis: “O primeiro relaciona-se à produção e proposição de conteúdo, que permite que o canal da rádio seja ocupado por quem ouve. O segundo se dá pelo diálogo com canais abertos a receber perguntas. O terceiro nível através da fiscalização, e por fim, com a participação na tomada de decisões do veículo”. Sobre a participação cidadã, Paulo Proença ressaltou que a  Frei Caneca FM está um passo à frente na garantia deste direito, justamente por nascer de um processo de movimentação da sociedade.

Quanto à garantia da transparência na gestão de uma emissora pública, Flávia Filipini falou da importância da criação de mecanismos dentro da empresa para que haja a participação coletiva, com reuniões de pautas abertas, tanto internamente entre os servidores, como para o público externo. Flávia frisou ainda que “audiências públicas para prestação de contas da gestão, desde a parte financeira, até a construção da programação, deveriam estar previstas em estatuto”. Acerca da garantia de diversidade na emissora, Juliana Nunes trouxe para o debate a importância de o veículo reconhecer a sociedade plural da qual faz parte e da necessidade de estar atento ao lugar de fala de quem produz os conteúdos, para que, dessa forma, diferentes pontos de vista sejam abordados.

Ao final das falas, o público presente pôde participar com perguntas e colocações. Quem não pôde comparecer presencialmente ao evento, ainda teve a oportunidade de contribuir com a conversa que foi transmitida na íntegra pelas redes sociais. Para assistir o vídeo do Fazendo Rádio - III Seminário de Comunicação Pública, clique aqui.


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