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Em Pernambuco, agroecologia une educação e transformação social

22.04.20 - 21H52
Anderson Silva, ex-aluno do Curso Técnico de Agroecologia do Serta. Foto: Rafael Martins/Believe.Earth

Anderson Silva, ex-aluno do Curso Técnico de Agroecologia do Serta. Foto: Rafael Martins/Believe.Earth

"No Brasil, cada pessoa consome mais de 7 kilos de veneno por ano". Esse foi um dos dados apresentados por Germano Barros, presidente do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), na live realizada na tarde desta quarta-feira (22), no Instagram da Frei Caneca FM (@freicanecafm), com Patricktor4. O gestor apresentou os conceitos da agroecologia e falou sobre o chamamento para o Curso Técnico Profissional da organização, que está com inscrições abertas, até o dia 15 de maio.

Barros apresentou as três dimensões da agroecologia: a científica, a social e a prática. "A agroecologia é uma ciência do mundo agrário, mas também se tornou uma social, política, ideológica, sobretudo porque ela nasceu como um contraponto à agricultura convencional, que é a do veneno, da exportação, do agronegócio. Ao longo do tempo também tornou-se movimento social, porque tem como clareza a transformação do mundo, mais humanizado, em harmonia com a natureza. E é uma prática, porque a agroecologia se faz no fazer. Os primeiros povos que fizeram a agroecologia foram os povos indígenas, que o fizeram como cooperação para produção da vida", explicou.


Atuando há mais de 30 anos na formação de jovens rurais, o trabalho desenvolvido pela ONG passou a integrar o Programa Educacional de Desenvolvimento Sustentável de Pernambuco. E expandiu o olhar para quem mora na cidade. Para fazer o Curso Técnico Profissional de Agroecologia, que já formou mais de dois mil técnicos  e é reconhecido pela Secretaria de Educação do estado, os únicos pré-requisitos são ter interesse no campo da agroecologia e ter concluído o ensino básico. "Dessa forma, fazemos a ponte entre diversos mundos, diversas perspectivas. O conhecimento do curso pode ser aplicado na cidade, no apartamento, na periferia ou na área rural", contou Germano.

O curso tem duração de 18 meses, sendo uma semana em imersão no Serta e três atuando em suas regiões ou comunidades. "A nossa pedagogia da alternância integra a escola com a vida. A ideia é produzir conhecimento para valorizar o local onde se vive. Ajuda a integrar o conhecimento racional e intelectual com a vida cotidiana. A escola está a serviço da transformação da vida das pessoas", disse Barros. O Curso é gratuito e ao todo são disponibilizadas 300 vagas. Os interessados precisam inscrever-se no site www.serta.org.br, até o dia 15 de maio e custear o transporte até a escola.

Quem quiser conferir a live, pode assistí-la no instagram da Frei Caneca FM, até às 15h desta quinta-feira (23).


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