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Cuidados com o novo Coronavírus em pauta no TPM

16.03.20 - 16H24
Debate no TPM contou com quatro profissionais de diferentes áreas tratando da prevenção ao Covid-19. Foto: Flávio Rodrigues

Debate no TPM contou com quatro profissionais de diferentes áreas tratando da prevenção ao Covid-19. Foto: Flávio Rodrigues

Com a chegada do novo coronavírus ao Recife, o programa TPM – Tempo pra Mim desta segunda-feira (16) colocou em pauta esta questão, repensando-a a partir de um olhar holístico, que levou em consideração não apenas a saúde física, mas também a psíquica e a espiritual. Para isso, o papo contou com a participação de Ana Virgínia França, farmacêutica antroposófica; Carla Nubia, geriatra e diretora científica nacional da Associação Brasileira de Alzheimer; Erika Kubo, terapeuta ligada à medicina chinesa; e Eliane Germano, enfermeira e diretora executiva de Regulação de Média e Alta Complexidade da Prefeitura do Recife.

Apesar do nível de mortalidade pelo Covid-19 (novo coronavírus) ser baixo, o que preocupa é o seu alto nível de contágio e o fato de que ainda não há tratamento específico para o vírus. Carla Nubia falou sobre como controlar a enfermidade na população idosa, que vem sendo atingida de forma mais letal, reforçando a importância de manter os mais velhos com sua rotina de alimentação, de sono e suas doenças controladas. “Se por acaso ele adoecer, não pega um organismo descompensado do seu problema cardíaco, do seu problema pulmonar. Isso é muito importante, a manutenção do equilíbrio desse idoso”, afirmou.

Para Erika Kubo, o equilíbrio mental é essencial. “Se a pessoa está vulnerável mentalmente, o corpo vai padecer. Temos que nos manter fortes e equilibrados emocionalmente para tomar as decisões e para que a imunidade não baixe”, complementou.

Carla também destacou a pertinência da inserção e da sociabilidade do idoso em um momento como esse. “Ele tem o direito de saber o que está acontecendo para entender que as pessoas estão ali longe dele por uma precaução, cuidado e não por um afastamento. Não gerar angústia, medo, sensação de abandono. Isso piora a parte orgânica”, concluiu.

Foi nessa perspectiva de enfrentamento ao medo e ao mal que Ana Virgínia França atentou para o conhecimento e o pensar criativo enquanto sua superação. De acordo com a farmacêutica antroposófica, “o medo não tem como antítese a coragem, ele tem como contraponto a esperança”.

Além desses cuidados com a saúde psíquica e espiritual, Eliane Germano pontuou a relevância de princípios básicos de higiene. Segundo a enfermeira, a lavagem das mãos com água e sabão ainda é a melhor forma de prevenir o Covid-19, assim como outras doenças que podem ser transmitidas através das mãos. Eliane alerta também para o uso das máscaras enquanto equipamento de proteção individual. “Quando você faz o uso dessa máscara no seu rosto, você já está tocando no seu rosto. Se ela não for utilizada da maneira correta ela pode passar a ser um fator contaminador”, afirma.

Carla Nubia ainda chamou atenção para os sintomas manifestados em pessoas idosas, que muitas vezes não são as manifestações clássicas da virose. “Idoso às vezes não faz febre, idoso se manifesta piorando sua doença crônica. Idoso com demência piora seu estado cognitivo, muda o comportamento neurológico”, explicou. É nesse sentido que Eliane reafirmou a relevância de uma rede de apoio a pessoas idosas, ao mesmo tempo que reforçou o papel fundamental do aleitamento materno para proteger as crianças da infecção.

Confira o programa na íntegra na live da fanpage da Frei Caneca FM:


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