Imagem: Prachatai | https://flickr.com/prachatai/ | Esta imagem está sob uma licença Creative Commons CC BY-NC-ND 2.0
Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), uma corrida em busca de máscaras de proteção fez com que elas sumissem das prateleiras em todo o mundo. Mas com o crescente número de casos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) abriu as portas, desde a última semana, para um uso público mais amplo de máscaras caseiras por quem precisa sair de casa para alguma atividade essencial.
A recomendação do uso de máscaras é algo que deve ser adotado coletivamente, pois não protege isoladamente o indivíduo que está saudável. O que acontece é que muitas pessoas são transmissoras mas não sabem que estão com o vírus, pois são assintomáticas ou pré-sintomáticas. Usando máscaras, essas pessoas evitam contagiar outras, uma vez que o acessório age como barreira mecânica à propagação de gotículas.
“A máscara de pano pode diminuir a disseminação do vírus por pessoas que podem estar transmitindo o vírus sem saberem, porém, não protege o indivíduo que a está utilizando, já que não possui capacidade de filtragem. O uso da máscara de tecido deve ser individual, não devendo ser compartilhado”, informa em nota a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
As máscaras de pano atuam como uma forma complementar de prevenção e não excluem a necessidade de outras medidas, como lavar as mãos ou evitar aglomerações. Além disso, para garantir sua eficácia, é imprescindível saber manuseá-la adequadamente, nunca tocando diretamente no tecido que fica sobre o rosto, apenas no elástico ou tecido que ficará preso às orelhas. Do contrário, o acessório pode se tornar um fator de contaminação.
A Sociedade Brasileira de Infectologia enfatiza a prioridade das máscaras médicas para os profissionais de saúde. No comunicado público, a organização reitera: “Com a escassez dos equipamentos de proteção individual (EPI) em face da pandemia, avalia-se o uso das máscaras de pano. Porém, em serviços de saúde, elas não devem ser usadas sob qualquer circunstância”. A utilização das máscaras caseiras de pano enquanto barreira mecânica deve, portanto, ficar restrita à população que necessita sair de suas residências para atividades essenciais, tais como ir ao mercado, à farmácia ou ao hospital.
O Ministério da Saúde listou, em seu site, uma série de especificações que a máscara caseira precisa seguir: é preciso que tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face; e seu uso deve ser individual, nunca compartilhado. As máscaras podem ser feitas em tecido não elástico (tricoline ou malha de camiseta fina com quantidade mínima de algodão) e tecido-não-tecido (TNT). O desenho da máscara deve ser feito nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz, bem ajustado ao rosto e sem deixar espaços nas laterais. Para higienizá-la, o Ministério da Saúde recomenda lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 20 minutos.
Saiba como fazer a sua máscara em casa:
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