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(R)Existência LGBTQI+ foi tema do #DebatesCulturais

11.09.19 - 13H40
Bandeira do Orgulho LGBTQI+ com o sol ao fundo.

Imagem: Thompson Rivers, esta imagem está sob licença CC BY-NC-SA 2.0

Décadas de luta, muito mais a conquistar. Que o diga a comunidade LGBTQI+. Rememorando as dificuldades, os conflitos e celebrando as conquistas do ativismo homossexual em Pernambuco e no Brasil, o #DebatesCulturais da última segunda-feira (09), recebeu a visita de Jackson Cavalcanti, um dos fundadores do Grupo de Atuação Homossexual (GATHO); Irene Freire, cientista social - coordenadora do Bloco da Diversidade e integrante do Coletivo de Lésbicas e Mulheres Bissexuais de Pernambuco (COMLESBI); e Íris de Fátima, da Coordenadoria LGBT da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS); para um debate e troca de experiências. 

Em tempos de cólera, rememorar a luta de ativistas que dedicaram suas vidas em busca de visibilidade, respeito e empoderamento dos homossexuais se faz cada vez mais importante. Uma das formas mais eficientes de estímulo diante das dificuldades é a lembrança das conquistas. Avanços fundamentais, como a implementação de políticas públicas voltadas para o movimento LGBT são vitórias que não merecem ser apenas lembradas, mas, principalmente, defendidas. Para isso, é necessária a conscientização e o maior envolvimento da sociedade com temas como esse. 

"O movimento é o resultado de uma luta pela existência. Pelo direito da liberdade de amar e de existir", explicou Irene Freire. A coordenadora do COMLESBI contextualizou que foi a partir do final dos tempos sombrios da ditadura militar e do início do processo de reorganização democrática que a sociedade percebeu a necessidade de se organizar e sair às ruas. Os gays, juntamente com as lésbicas (que depois acabariam por fundar o seu próprio movimento), foram os responsáveis por iniciar a luta dos homossexuais no Brasil. 

Surgido da indignação de quatro amigos com a postura da imprensa pernambucana frente aos assassinatos de homossexuais recifenses, o GATHO é um dos grupos mais atuantes do Estado. Jackson relembrou, também, as primeiras conquistas de visibilidade do movimento em Pernambuco, ainda no início dos anos 1980, quando se deu a realização do I Encontro de Grupos Homossexuais Organizados do Nordeste, que contou com a participação de ativistas e movimentos sergipanos, paraibanos, potiguares, alagoanos, cearenses, e do Maranhão.

Para quem não ouviu, pode assistir à gravação do debate, no Facebook da Frei Caneca FM:


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