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#TBT101 - Até a volta!

02.03.23 - 10H42
Equipe da Frei Caneca FM em 2022
Equipe da Frei Caneca FM em 2022 com Patrícia Palumbo.

 

Por Johnny de Sousa

Bem, 2022 foi um ano de retornos, mesmo que aos poucos. 2023, por sua vez, não poupou muito nossa calma, e já nos entregou programações vastas e o que provavelmente foi o maior carnaval do século. O que me traz aqui, esta semana, não é uma retrospectiva, muito menos uma aposta do que será o ano, depois do carnaval. Na verdade, quero trazer uma reflexão dessa trajetória que tive, diante do retorno de shows e eventos que presenciei, com muita alegria, no tempo que andei trabalhando ao lado de Gabriele Alves, produzindo o BR-101.5. Saibam também que, mesmo sendo o meu último texto para a Frei Caneca FM, isso não é uma despedida.

Tudo começou pra mim de maneira intensa, visto que já estávamos prestes a presenciar o marco inicial de diversos eventos musicais, que retornavam ao público recifense depois de dois anos. A incerteza de dar errado existia, mas não se comparava à felicidade sentida por todos nós dentro daquele estúdio. Encontros com grandes personalidades, durante uma semana inteira, graças ao Porto Musical, fizeram o começo do ano do BR-101.5, além de uma calorosa visita dos gigantes Almir e Marco Polo, da Ave Sangria. Nunca fui tão feliz produzindo uma pauta, apesar do enorme nervosismo que eu e Gabriele compartilhamos ao recebê-los no nosso estúdio.

A parte mais interessante de estar no ambiente do BR são os laços atados. Independente de quanto tempo se passa dentro do programa, existe a possibilidade de criar uma relação com seus membros. Pessoas que chegaram, produtores e artistas, saíram como conhecidos, até amigos. Jáder talvez tenha sido o maior exemplo, pra mim, que saiu da sala completamente devoto ao programa, apaixonado por Gabi e falando como todo mundo dentro da sala. Muito se dá pela autenticidade do programa, somada à recepção da apresentadora, que me passou essa técnica fundamental de acolhimento, e à programação familiarmente arrebatadora de Lorena Fragoso. É como um grande rolê profissional, em que nos sentamos à mesa pra bater aquele papo de comadre.

Nesse clima acolhedor, me senti em casa e desafiei minhas capacidades intensamente, tudo ao mesmo tempo agora. Apertar a mão de Cannibal, abraçar os membros do Ave Sangria e gelar a espinha só vendo o rosto de Juçara Marçal durante uma chamada de vídeo foram sensações únicas de produção, que vivi intensamente enquanto estive por aqui.

Não foi só ter o luxo de estar diante de tantos nomes importantes que me fez ser produtor, mas a minha capacidade de encantar assessores e outros produtores com a minha lábia (risos). Estratégias de comunicação foram montadas muito rapidamente ao longo do meu trabalho, me fazendo muitas vezes perceber o quanto sou sortudo por ser comunicativo. Foi muito preciso saber quebrar a cara, perceber que não dá pra fazer tudo ao mesmo tempo sem ser minimamente organizado. É como diz o produtor e professor de rádio Pedro Serico Vaz Filho, que ser produtor é a adrenalina antes, depois e durante o programa, lutando para que tudo aconteça da forma mais agilizada e melhor possível.


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